quinta-feira, 19 de março de 2020

MOISÉS E ELIAS ESTÃO NO CÉU, não leia você ,pode ter sido enganado ate hoje !!!!


Moisés e Elias estão realmente no Céu? (Mateus 17:3)









Introdução:

Como harmonizar o aparecimento dos profetas Moisés e Elias no monte da transfiguração, relatado em Mateus 17:2 e 3 com esta declaração de Yeshua:

"Ora, NINGUÉM subiu ao Céu, se não aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no Céu." (João 3:13)

Este artigo destina-se a tirar algumas dúvidas a respeito de certas doutrinas ensinadas popularmente, Moisés e Elias estariam de fato no céu??
Sabendo que, isto não é uma doutrina ou dogma de Fé, mas uma realidade que anuncia uma grande verdade, de que os mortos no Messias irão ressuscitar para a Glória.

Questões a serem analisadas:

Quando fazemos um Midrash de algum texto referente a um assunto de difícil compreensão, temos de início, aceitar todas as possibilidades, principalmente se a Bíblia dá margem para outras interpretações sem contudo, se precisar torcer um texto para provar o contrário, que não é o caso aqui, pois em uma leitura rápida e superficial parece que o assunto já esteja liquidado, porém, não liquida a questão do aparecimento dos dois profetas no monte da transfiguração, que é um fato contundente a se considerar.
Estes dois profetas apareceram realmente(ver Mateus 17:3), e não só apareceram como também conversaram com Yeshua, e o Messias falou para eles a respeito de sua obra de salvação que estava para se cumprir lá mesmo em Yerushalaim (ver Lucas 9:30 e 31), e este aparecimento foi presenciado por testemunhas (ver Marcos 9:2), logo, não devemos descartar estas fatos inéditos assim tão facilmente.

Se admitirmos que eram apenas visões do futuro vindouro, então não teria a necessidade de Yeshua ter conversado com os dois profetas que iriam ainda ressuscitar no futuro, a respeito de sua obra daquela época presente, neste caso, seria uma conversa Esdrúxula!? O senhor Yeshua não se prestaria a este papel até um tanto ridículo.
Por outro lado, se admitirmos que eram apenas o "espírito" ou a "alma" destes profetas, de acordo com a crença de alguns, vamos dar margem para o espiritismo de Kardec ou a doutrina da imortalidade da alma dos católicos. Realmente ficou difícil agora a situação destes dois profetas.
Deixemos de lado estes assunto por enquanto e vamos analisar alguns arrebatamentos bíblicos.

1- O Arrebatamento de Henock: É evidente que a Bíblia declara que este homem de D'us foi arrebatado para D'us, pois o texto diz:

"Henock andou com Elohim e DESAPARECEU, pois Elohim o tomou para Si" (Gênesis 5:24)

Texto transliterado do original:

"Vayitalek Chanok et ha Elohim ve'eynenu kiy lakach oto Elohim"

Ou seja, Henock não foi mais visto por ninguém em parte alguma porque o Eterno o arrebatou para si, o texto é claríssimo.

2- O Arrebatamento de Elias: Há vários fatos a se considerar quanto a este arrebatamento, primeiro: foi anunciado antes por D'us que tal fato se sucederia (ver II Reis 2:1); Segundo: Eliseu também já sabia e tinha receio de perguntar (ver II Reis 2:3); Terceiro: este arrebatamento não seria um fato visível a qualquer um, por isso que Elias tentou ir sozinho ao encontro de D'us, porém Eliseu não o deixou só (ver II Reis 2:4); Quarto: mesmo sendo o sucessor de Elias, Eliseu corria o risco de não ver este fato glorioso (ver II Reis 2:9 e 10); Quinto: os discípulos dos profetas não tinham visto o ocorrido, mas sabiam que Eliseu estava cheio do Espírito Santo, por isso queriam perguntar a Elias se de fato Eliseu o sucedera, insistindo com Eliseu em irem procurar por Elias, mas sem sucesso (ver II Reis 2:16 a 18)
Outro fato a se considerar e a promessa de D'us de arrebatar Elias ao Céu e não a um lugar específico:

"Eis o que se passou no dia em que Adonai arrebatou Elias ao Céu num turbilhão..." (ver II Reis 2:1)

Texto transliterado do original:

"Vayhi beha alot Adonay et Elyahu bas'arah hashamay vayelek....."

Observem a palavra "AO CÉU" no original hebraico "HA'SHAMAY", não resta dúvida que Elias foi arrebatado ao Céu, o texto é claríssimo tanto no original como na tradução.
Alguns argumentam que Elias não foi arrebatado ao Céu mas a algum lugar na terra de Yisrael, e citam um texto de II Crônicas 21:12 onde teria Elias, tempos depois de seu arrebatamento, enviado uma carta ao rei Jeorão, tais pessoas se apoiam neste frágil argumento para afirmarem que Elias não subiu ao Céu mas ainda estava vivo, mesmo próximo à morte de Eliseu, o que não faz sentido nenhum, por que Elias enviaria uma carta a um rei de Judá se o seu ministério profético já haviam terminado?? Outros detalhes importantes, este fato está registrado no livro das Crônicas e não dos Reis, há aí uma grande diferença a se considerar, o livro dos Reis foi escrito no mesmo período em que tais fatos aconteceram e este fato da carta de Elias não aparece neste livro, porém o livro das Crônicas foi escrito séculos depois do cativeiro de Babilônia, seu provável autor teria sido Esdras o escriba. Muitos eruditos reconhecem que há muitos textos interpolados nas Escrituras, e o que vem a ser isto?? Significa que algumas informações escriturísticas foram postas fora de seu local adequado, lembrando que os pergaminhos eram em pedaços ou porções e não escritos diretos como em nossas bíblias atuais, por causa disto muitas informações de uma determinada época aparecem em épocas posteriores causando estas distorções de datas e épocas, todo historiador sabe disto, esta carta de Elias pode está posta fora de seu local adequado de época. Outra explicação para a tal carta ter aparecido anos depois do arrebatamento de Elias, o profeta teria tido uma visão do futuro rei de Judá e, por inspiração divina, ter escrito uma carta a este futuro rei, o que não seria nenhuma novidade dentro do contexto escriturístico, pois, o profeta Isaías também escreveu uma MENSAGEM ao Rei CIRO da Pérsia muitos séculos antes mesmo deste rei nascer:

"E digo a Ciro: És meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz, e digo também de Jerusalém: Será edificada e o Templo será levantado" (Isaías 44:28)

Portanto, o argumento da carta de Elias não prova nada, continua prevalecendo o que está escrito nas Escrituras, isto é, que Elias ter sido arrebatado ao Céu.

3- O Arrebatamento de Filipe: Este apóstolo estava falando a um nobre eunuco a cerca da Teshuvá do Eterno, quando o eunuco fez a Tevilah e saído das águas, o Espírito o arrebatou mas não ao Céu, porém para um local específico(ver Atos 8:39 e 40), e a Bíblia ainda mostra o lugar e ainda diz o que Filipe foi fazer ali, bem diferente dos arrebatamentos de Henock e Elias, que depois do ocorrido não se fala mais NADA sobre eles e suas obras.

Algumas questões a se considerar:

Alguns querendo arrumar pretextos para afirmar que Henock não foi arrebatado ao Céu mas para um lugar específico, dizem que ele era um homem perseguido por ser justo, outros dizem que Henock estava jurado de morte, outros já dizem que alguém queria matá-lo e por isso D'us precisou tirá-lo do lugar em que ele morava arrebatando-o para um outro local, longe de seus perseguidores e lá Henock morreu.
Mas sabemos que todas estas afirmações não passam de suposições, e não é prudente ficar fazendo conjecturas dentro da Palavra do Eterno, a Bíblia não fala NADA sobre este assunto, e o apóstolo Shaul é categórico em afirmar que Henock foi transladado para NÃO VER A MORTE:

"Pela fé, Henock foi transladado para não ver a morte, não foi mais encontrado, porque D'us o transladara. Pois antes de sua transladação, obteve testemunho de ter agradado a D'us" (Hebreus 11:5)

Sem conjecturas, o texto é mais que claro, é revelador, ou seja, ele não foi mais encontrado porque D'us o levou, Henock NÃO MORREU como alguns afirmam.
Quanto ao texto: "Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas.......... " (Hebreus 11:13), é óbvio que não se refere a Henock, a Bíblia não pode se contradizer, é mais uma questão de interpretação correta de texto.

Sobre o profeta Moshê/Moisés:

As Escrituras Sagradas dizem que Moisés morreu e foi sepultado pelo próprio Eterno em um vale, para que ninguém soubesse o local desta sepultura (ver Deuteronômio 34:5 e 6), um fato um tanto estranho da parte de D'us, visto que seus principais Patriarcas como Abraão, Isaque, Jacó entre outros, foram todos sepultados por seus parentes em sepulturas conhecidas por todos, por que no caso de Moisés foi diferente??? A família de Moisés não tinha os mesmos direitos dos demais em de sepultar seu ente querido??? E bota querido nisto, pois os israelitas prantearam Moisés por 30 dias.

Eu creio que a sepultamento feito por D'us a Moisés foi apenas circunstancial, Moisés em seu estado de morte, foi julgado e considerado digno de receber a Ressurreição para Glória, este relato encontra-se em um livro chamado "Testamento ou Assunção de Moisés" escrito em hebraico no período profético do Antigo Testamento, muitos pesquisadores concordam que este livro fazia parte do Cânon Sagrado do Tanach e reconhecido como inspirado até o período do Novo Testamento, pelo simples fato de ter sido citado por Judas em sua epístola(ver Judas 1:9)

Judas relata nada mais e nada menos do que um trecho deste livro, o livro diz que o Eterno considerou Moisés digno para ressurgir para Glória e enviou o Arcanjo Mikha'el/miguel para chamá-lo da morte, quando então surgiu haSatan para disputar com ele o corpo de Moisés.
Este fato era conhecido dos israelitas, e se tornou um ponto muito forte entre os Fariseus, pois eles se baseavam principalmente neste livro para defender a doutrina da ressurreição dos mortos no último dia, doutrina esta que foi perfeitamente aceita pelo cristianismo até hoje.

Agora vem a pergunta: se este livro fazia parte do Tanach, então por que não está nela até hoje??? Sabemos que na destruição do Templo e de Yerushalaim/Jerusalém no ano 70 ec., muitos livros se perderam, razão porque o conselho dos anciãos e escribas resolveram reformular o Cânon do Tanach.
Este Concílio Judaico ocorreu por volta do ano 100 ec. na cidade de Yâmnia, neste concílio muitos livros foram deixados de fora do Cânon, entre estes, aqueles que não tinham sido encontrados, foi o caso do livro da "Assunção de Moisés", esta é a razão porque ele não se encontra no Cânon atual do Tanach, mas não significa que não seja inspirado, pois um apóstolo de Yeshua jamais usaria um livro apócrifo para dar um ensinamento.
Outro fato contundente, a declaração do apóstolo Shaul, vejamos o que ele diz:

"Entretanto, reinou a MORTE desde Adão até MOISÉS, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir" (Romanos 5:14)

Lemos que, de fato, Moisés fora sepultado na terra de Moabe, no entanto, ninguém soube o local de sua sepultura. ver Deut:. 34:6. Havia nisso um desígnio da parte do Eterno. Todos os que morrem, são contados como prisioneiros de haSatan, no sentido de estarem na sepultura, retidos, inativos, vencidos. Lemos, porém, em Hebreus 2:14, que Yeshua, "pela Sua morte aniquilou o que tinha o império da morte, isto é, haSatan." Pois bem, o profeta Moisés escapou da prisão da morte.

Em Judas 1:9, lemos que houve uma disputa entre Mikha'el arcanjo, e haSatan acerca do CORPO de Moisés. A disputa não era sobre uma simples sepultura, mas sobre o corpo do servo de D'us. HaSatan reclamava Moisés como seu cativo, porém Mikha'el também o reclamava para o Eterno. Não seria admissível que houvesse uma disputa sobre o corpo de Moisés, a não ser que se tratasse da ressurreição desse corpo. A ambição maior de haSatan é manter mortos PARA SEMPRE todos os que são filhos de D'us, que estejam nos seus túmulos.

Judas 1:9 "Mas quando o arcanjo Mikha'el, discutindo com  haSatan, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: Adonai te repreenda"

Lendo-se as ressurreições ocorridas no Tanach, antes da do Messias, costuma-se citar a do filho da viúva de Sarepta (ver I Reis 17) como a mais antiga. Temos, contudo, em Romanos 5:14, essa espantosa revelação:

"No entanto, a morte reinou desde Adão até MOISÉS. . ."

Notemos o verbo reinar, que quer dizer, dominar, prevalecer. Ora, depois de Moisés os homens continuaram morrendo, mas o texto acima nos diz que a morte teve domínio indiscutível sobre os mortais até MOISÉS. Em outras palavras, até Moisés ninguém havia se levantado do túmulo para provar que é possível ressuscitar para a Glória. Nisso haSatan viu seu império abalado, razão pela qual ele teve a audácia de disputar o corpo do grande profeta do Eterno, tentando invalidar a promessa de D'us. Vemos nisso evidência clara da ressurreição de Moisés.

Quanto ao apóstolo Shaul, sabemos que ele era Fariseu de nascença (ver Atos 23:6), e todos os fariseus defendiam veementemente a doutrina da ressurreição dos mortos e da ressurreição para a Glória, que eles chamavam de ressurreição do Último Dia (ver João 11:24), pois bem, sendo Shaul fariseu será que ele não acreditava na ressurreição de Moisés???
É óbvio que sim, se não ele não teria deixado esta declaração tão contundente, Shaul acreditava de fato que Moisés já estava na Glória e foi visto no monte da transfiguração e conversou com o senhor Yeshua a respeito de sua Missão, e o próprio Yeshua teve que se transfigurar em Glória para falar com estes dois salvos já glorificados.

Conclusão:

Agora vamos analisas João 3:13 que declara: “Ora, ninguém subiu ao céu senão aquele que de lá desceu, a saber, o filho do homem”. Como entender essa aparente contradição?
João 3:13 é compreendido à luz de seu contexto interno (o que vem antes ou depois do verso, isto é um princípio interpretativo de todos os pesquisadores). Lendo a partir do primeiro verso, vemos que Yeshua está dirigindo o assunto a Nicodemos, que estava com dificuldades de compreender o ensinamento do Messias.
O verso 12 é a CHAVE para a interpretação, Yeshua diz a Nicodemos que, se não crer nas coisas terrenas explicadas por ele (que ilustravam o Novo Nascimento), como poderia crer nos assuntos celestiais?

Analisando conjuntamente os versos 12 e 13, vemos que Yeshua diz que “ninguém subiu ao céu para falar das coisas celestiais aos homens mortais, se não aquele que de lá desceu, o filho do homem”.

Parece haver aqui uma expressão figurada, indicando que ninguém conhece os mistérios do reino de D'us como lemos em Deuteronômio 30:12; Salmos 73:17; Provérbios 30:4; Romanos 11:34. A expressão pode ser compreendida, relacionando-a com a seguinte máxima:
Para estar perfeitamente familiarizado com os acontecimentos de um lugar é necessário que a pessoa esteja no lugar. O Messias provavelmente pretendia corrigir uma falsa noção dos judeus, ou seja, de que Moisés, quando desapareceu no monte Sinai, tivesse subido ao Céu para receber a Torah Sagrada. Portanto, este versículo não se refere a Enoque, Moisés ou Elias, pois seus nomes nem são mencionados. Afirma que ninguém subiu ao céu e de lá desceu para falar das coisas de D'us, a não ser Yeshua, o Messias, que é o Elohim representante do Eterno (João 1:1-3; 14).

De fato Moisés ressuscitou, está exposto em toda as Escrituras Sagradas como eu escrevi anteriormente, foi confirmado pelo apóstolo Shaul e revelado no monte da transfiguração, porém Moisés e Elias subiram, e,  provavelmente estejam no Gan Éden ou em alguma dimensão superior entre o Céu supremo e a terra, mas de lá jamais desceram para pregar e ensinar os homens a respeito da Teshuvá e da salvação do Eterno, pois o único com quem estes dois já glorificados conversaram foi com o filho do Eterno, Yeshua sim, foi o único que desceu do Céu para ensinar aos homens pecadores o Caminho da Salvação. As palavras do Messias em João 3:13, já tinham sido reveladas em Provérbios séculos atrás:

"Quem SUBIU ao Céu e de lá DESCEU? Quem encerrou os ventos em seus punhos? Quem amarrou as águas em sua roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da Terra? Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu FILHO, se tu o conheces?" (Provérbios 30:4)

Somente a Bíblia se explica por ela mesma, se apenas deixarmos que ela nos fale, sem, portanto, querer forçá-la a falar por nós.

Shalom Aleichem!!!


Rosh: Marlon Troccolli e o Rosh Inacio Medeiros

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