Parashá 11: Vayigash, B‟reshit/Gênesis 44:18 à 47:27

                                                       

                                                           PARASHÁ COMENTADA.

Parashá 11: Vayigash, B‟reshit/Gênesis 44:18 à 47:27

Haftará: Ezequiel 37:15-28; Atos 7:9-16

Shabat, 04 de Janeiro de 2020 – 07 de Tevet de 5780


Oramos semanalmente pelo  Judaísmo Nazareno  e seus parceiros. Sugiro que oremos de 5 a 11 de Janeiro pelos líderes desta missão : Rav .Marlon Lima , Rosh Jair Lima ,Moré Ronaldo Monteiro ,Moré Rosebio Monteiro, Vitor Ciarline , Roê Alexandre Almada , Shaliach Inácio Medeiros , e outros que não estão aqui por estarem se preparando para saírem do sistema mesmo assim pedimos tefilot a cada um e suas famílias 

Tradição e conhecimento você sabe  o que e  Tu Bishvat ????

Quando começa o mês de Janeiro, todos estão em Israel esperando pelo Tu Bishvat, o dia 15 do mês de Shevat (10 de Fevereiro neste ano), que é um dia especial, o dia do ano novo para as árvores. Neste dia as crianças plantam árvores na terra de Israel, e as amendoeiras florescem, o que significa que a primavera está chegando
,

Introdução:

Shabat shalom queridos achim,mais um shabat e mais uma porção que o Eterno nos para nosso desfrute e aprendizado.Esperamos que todos os achim fizeram diariamente sua leitura da porção e hoje com a participação de todos vamos fazer uma explanação e conto com a participação de todos.

Este é um comentário sucinto e objetivo das Lições da Torah e dos Profetas(Atos 13:15) ou Parashiôt, uma taça de prata foi encontrado no saco do irmão mais novo de Yossef, Beniamin, Yossef exige que ele se torne seu escravo no Egito, enquanto os outros irmãos retornariam ao seu pai. A Parashat Vayigash começa com apelo emocionante de Yehudá a Yossef: "Oh meu senhor, você tem um pai ou um irmão? Meu pai tinha dois filhos com sua esposa adorada Rachel, mas seu filho primogênito foi rasgado em pedaços, e ele nos avisou que, se um acidente acontece a Beniamin, ele iria descer a sepultura com pesar e desgosto. Por favor, me aceite como seu escravo em lugar de Beniamin."

Yossef não podia mais se controlar de tanta emoção diante daquela declaração de amor e responsabilidade de seu irmão Yehudá.

 Ele mandou sair todos os seus servos para que ele pudesse ficar sozinho com seus irmãos. Então ele fala a célebre frase: "Eu sou Yossef, vosso irmão" ele disse chorando tão alto que o palácio inteiro pode ouvir. "Meu pai ainda está vivo?" Mas seus irmãos não lhe puderam responder, porque eles ficaram chocados na presença de Yossef.

Não se lamentem por ter-me vendido a este lugar, porque foi o Eterno que me enviou aqui, a fim de preservar a vossa vida.

E D'us mandou-me adiante de vós para dar-vos uma descendência sobre a terra, e para fazer-vos viver por uma grande salvação”. Gênesis 45:7. 

Portanto, não foram vocês que me enviaram aqui. Agora pois, ide depressa, para o meu pai e dize-lhe a notícia e trazei-o até aqui. Estou disposto a dar para todos vocês o melhor desta terra". Yossef, em seguida, caiu sobre Beniamin e chorou. Ele beijou seus irmãos e chorou em seus abraços. Seus irmãos também choram com ele.

Faraó ficou satisfeito ao ouvir a notícia de que os irmãos de Yossef estavam no Egito. Yossef instou para trazer seu pai e suas famílias para o Egito, ele lhes ofereceu as melhores opções para ajudá-los a se mover rapidamente para o Egito onde lhes sustentaria no melhor lugar da terra quando chegassem. Os irmãos chegaram à casa de seu pai, disseram-lhe que Yossef ainda estava vivo e que ele tinha status real. 

O coração de Ya‟akov parou porque ele não acreditava neles. Mas quando lhe disseram que Yossef tinha dito e, quando viu as carruagens e toda a comitiva real, o espírito de Ya‟akov reviveu e ele disse: "É demais para mim, Yossef, meu filho ainda está vivo, eu vou até lá. Eu quero vê-lo antes de morrer."

Então Ya‟akov foi para Beer Sheva e fez uma oferenda de ação de graças ao Santíssimo D‟us Eterno, D‟us de seu pai Yitzchak. E Adonai falou com Ya‟akov em visões de noite, dizendo: "Ya‟akov! Ya‟akov! Eu estou aqui", disse ele. "Eu Sou o Eterno, o D‟us de teu pai. Não tenhas medo de ir para o Egito, porque lá farei de ti uma grande nação. Eu vou com você e tornarei a trazê-lo novamente, Yossef vai colocar a mão sobre os seus olhos quando morreres."

Então os filhos de Yisrael levaram seu pai ao Egito, Yossef foi cumprimentar seu pai em Goshen, lançando-se ao pescoço dele desatou a chorar. "Agora, eu posso morrer pois tenho visto que você está vivo", disse Ya‟akov.

Yossef então falou a Faraó e sugeriu que sua família habitasse em Goshen, também falou da fome em Canaã e pediu permissão para viverem em Goshem. Faraó concordou. "Deixe-os habitar no melhor da terra de Goshen, e se você souber que existem homens capazes entre seus irmãos, nomeei-os os principais funcionários sobre os gados que eu tenho." Yossef apresentou seu pai a Faraó, este o abençoou e depois foi para o seu lugar.

 A fome era severa em toda a terra, os egípcios já não tinham mais dinheiro para adquirir mantimentos, foram e pediram comida a Yossef, este por sua vez ofereceu comida em troca de suas terras e eles concordaram, assim, Yossef comprou toda a terra do Egito para Faraó, e fez uma lei de que um quinto de sua produção da terra seria de Faraó. Somente a terra dos sacerdotes não se tornaram propriedade do Faraó.

Então Ya‟akov se estabeleceram na terra do Egito, na terra de Goshen. Os filhos de Yisrael adquiriram propriedade lá e foram fecundos e se multiplicaram tanto que a terra se encheu deles.

O sentido Espiritual da Parashá(comentários da Kabalah):

Na Parashá desta semana, acabamos de ler e nos emocionar com a belíssima história de Yossef, que finalmente se revelou aos irmãos e os enviou de volta para casa a fim de trazer Ya‟akov para o Egito. Como Yossef era um canal de revelação da Luz Divina, esta aproximação simboliza a comunicação entre o mundo físico e os Mundos superiores. 

Os 12 filhos de Yisrael simbolizam as 12 Estrelas da coroa da Mulher vestida de Sol de Apocalipse 12, que por sua vez representa a Congregação de Yisrael Restaurada e o domínio que ela exercerá no Reino do Messias.

A palavra Mazal, traduzida como sorte/felicidade, mas também relacionada à ideia de uma influência cósmica, é a contração de três palavras: macóm (lugar), zemám (tempo) e limud (conhecimento). 

Para superarmos as más influências desta vida (destino) temos que estar no lugar certo, na hora certa e saber como aproveitar cada oportunidade que o Eterno nos dá para realizar nossa Missão neste mundo. Mesmo no mundo das limitações (Egito), podemos construir nosso próprio “Mazal” (sorte/felicidade), assim como fez Yossef que superou seu destino por meio da Emuná(fé).

 Ele assume o controle (governo) sobre o mundo físico, criando sua própria realidade e influenciando as pessoas ao seu redor, Yossef foi o verdadeiro retrato daquilo que Adonai sempre desejou que nós, Yisrael, fossemos aos gentios, a saber, Luz às nações(ver Isaías 49:6).

Yossef não assume o papel de vítima(vitimismo) e não vê os desafios que enfrentou como resultado direto da inveja de seus irmãos, muito ao contrário, ele consegue perceber a presença da Luz Divina em todos os eventos de sua vida, mesmo nos momentos de caos. 

Se entendemos que a Luz está presente em tudo o que nos acontece, não temos porque guardar rancor das pessoas que fizeram algo para nos magoar, nem incentivar seu sentimento de culpa. O perdão nos conecta com as dimensões celestiais mais elevadas dos Mundos superiores.

“E agora, não vos entristeçais nem vos irriteis contra vós por haverdes me vendido para cá, porque para preservar vossa vida Adonai me mandou adiante de vós”. (Bereshit 45: 5)

Yossef entendeu claramente que nada, absolutamente nada foge do controle do Eterno D‟us Santíssimo, em toda a sua trajetória trágica passando por todos os problemas que passou, Yossef jamais abalou a sua Fé em Adonai, jamais se lamentou, jamais reclamou de sua sorte, jamais murmurou pois, sabia que tudo aquilo fazia parte de um plano divino, um plano para a preservação da vida daqueles que um dia seriam Luz para as nações. Como bem falou o Messias: “Vós sois Luz para a humanidade, não se pode ocultar uma cidade construída sobre um monte, nem se acende uma lamparina para pô-la debaixo de uma cama, mas sobre a mesa e assim, iluminará todos na casa. Assim deve brilhar também a vossa Luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras boas de deem glórias ao vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:14-16) Que Adonai Eterno abençoe a Leitura e o Estudo de sua Palavra.   

H I S T Ó R I A S   E  T R A D I Ç Õ E S  

O cuidado pelos pequeninos Preso pelo governo czarista por espalhar os ensinamentos de Chassidut, a vida do rabino Schneur Zalman estava em grave perigo.
 Após 53 dias de prisão, foi libertado no dia 19 de Kislev de 1798.
O rabino Schneur Zalman e seu filho, o rabino Dov Ber, viviam na mesma casa. O rabino Dov Ber ocupava o andar térreo enquanto seu pai vivia no andar de cima. Um dia, enquanto o rabino Dov Ber estava imerso no estudo da Torá, seu pequeno bebê caiu do berço. Embora o rabino Dov Ber não estivesse muito longe, ele estava tão imerso em seus estudos que não ouviu o bebê chorar.O rabino Schneur Zalman também estava envolvido no estudo profundo da Torá. No entanto, ele ouviu o bebê chorar, correu para baixo, pegou o bebê e o embalou de volta para dormir. Durante todo esse tempo, o rabino Dov Ber, que era conhecido por sua profunda concentração no estudo, permaneceu alheio ao choro alto de seu filho e à presença de seu pai no quarto!Depois de acalmar a criança, o rabino Schneur Zalman perguntou ao filho: "Por que você não respondeu ao choro do bebê?". "Pai", respondeu o rabino Dov Ber, "Eu simplesmente não o ouvi chorar!"O rabino Schneur Zalman repreendeu o seu filho: "Você nunca deve estar tão envolvido em seus próprios assuntos, por mais importantes que sejam, que como resultado você não ouça o choro de uma criança. Mesmo quando se estuda a Torá nos níveis mais altos, é preciso estar sintonizado com o choro de uma criança"! "A vela de D'us é cada um de nós", dizem os nossos sábios. As pequenas e aparentemente insignificantes luzes de Chanucá nos lembram da importância dos pequenos. É nosso dever e responsabilidade ouvir, cuidar, acender os pequenos, incutir nos nossos filhos a luz, a beleza e o calor de D'us e do ensinamento bíblico. comprometendo nossos valores Um jovem estudou durante muitos anos na escola de um grande sábio. Um dia, ele decidiu sair e procurar sua fortuna. Ele se despediu de seu mentor, que lhe havia ensinado sabedoria por tanto tempo, e partiu.Muitos anos mais tarde, um homem de meia-idade veio visitar o sábio. Ele usava roupas vulgares e extravagantes, e jóias vistosas adornavam-lhe os dedos. Ele tirou um grosso maço de dinheiro e entregou-o ao sábio. "Isto é para a sua escola", disse ele. "Pode não se lembrar de mim, mas eu era seu aluno há anos. Fiz uma grande fortuna no circo, e decidi dar algo à minha alma mater. A vida é estranha, não é? Alguma vez acreditaria que um aluno seu iria um dia dirigir um circo?" O sábio sorriu tristemente. "Eu nunca teria acreditado, e continuo a não acreditar. O meu aluno deixou de existir. O homem que é dono do circo é uma pessoa completamente diferente." Em nossas vidas, cada um de nós desenvolveu uma certa auto-imagem durante os anos de formação e ainda se sente ligado àquela pessoa especial que um dia nos consideramos, mesmo que os anos possam ter nos coagido a fazer certos compromissos. Mas será que estamos mesmo? Só se os nossos compromissos não envolverem o sacrifício dos nossos valores e ideais básicos é que ainda podemos ser considerados as mesmas pessoas que outrora fomos. o eterno provê.

 O Talmud (Ketubot 67) conta: 

Um homem pobre, que fora muito rico, aproximou-se do sábio Rava e implorou por comida. "O que você está habituado a comer?" Rava perguntou. "Estou acostumado a comer um frango gordo e vinho envelhecido", respondeu. Rava ficou chateado. "Como pode pedir para te darem comida tão cara?". "Estou pedindo às pessoas que me deem o que lhes pertence? A minha comida vem de D'us e Ele dá a todos de acordo com suas necessidades. Assim estou acostumado e se Ele quiser, vai encontrar uma maneira de a fornecer!" O Talmud conta que Rava tinha uma irmã que não o via há treze anos. Enquanto Rava e o homem estavam conversando, a irmã de Rava chegou. Ela trouxe um presente: um frango gordo e um vinho envelhecido! Quando Rava viu isto, voltou-se para o homem e exclamou: "Agora vejo que você está certo". D'us fornece a cada um de acordo com as suas necessidades. Sente-se e coma o que minha irmã trouxe. D'us usou-a para ti!

Fontes: ed sefer ,Torá lei de Moises , Maayanot, edição Gutnick , Comentários de Rashi  

Rav: Marlon Trocolli 

Shaliach: Inácio Medeiros 

Rosh: Jair Lima