Haftará: 1 Reis 5:26 à 6:13; Hebreus 8:1-6, 9:23-24 e 10:1
Shabat, 04 de Março de 2019 – de Adar de 5779
Parasha dos Professores
SHAVUA TOV queridos achim,mais uma semana e mais uma porção que o Eterno nos para nosso desfrute e aprendizado.Esperamos que todos os achim fazam diariamente sua leitura da porção e hoje com a participação de todos no shabat vamos fazer uma explanação e conto com a participação de todos.
POR RAV:MARLON TROCOLLI , SHLIACH INACIO MEDEIROS ,ROSH JAIR LIMA
PARASHÁ COMENTADA.
Este é um comentário sucinto e objetivo das Lições da Torah e dos Profetas (ver Atos 13:15) ou Parashiôt, na Parashá Terumah, Adonai começou a instruir Moisés sobre a construção do “Santuário Móvel” (Tabernáculo) que acompanhou o povo de Yisrael durante toda a caminhada no deserto e serviu como local do culto israelita até Salomão construir o Templo definitivo de Jerusalém, a maior parte desta Porção contém descrições detalhadas do Mishkan e dos
utensílios que eram utilizados no serviço espiritual, tais como o Aron Hakodesh (Arca sagrada), a Menorá (candelabro) e o altar onde eram oferecidos os sacrifícios.
Adonai falou: “Diga a Yisrael dedicar ao Eterno uma contribuição, em seguida, recolham a minha oferta de cada pessoa cujo coração for movido, a saber, ouro, prata, cobre, turquesa, púrpura ou vermelho, linho, pelo de cabra, pele de carneiro, corante vermelho e pele Ta‟ás multicolorida; madeira de acácia, azeite para iluminação, especiarias para o incenso e unção, e pedras preciosas. Yisrael deverá fazer para mim um santuário, e habitarei dentro deles”.
O que nos chamou a atenção neste final de texto foi a expressão: “e me farão um santuário e habitarei dentro deles” (Êxodo 24:8), embora as traduções comuns traduzam a palavra בתוך = Betoch como “no meio deles”, porém, a tradução literal é “dentro deles”, na verdade Adonai desejava que cada israelita fossem um santuário vivo e assim Ele habitaria, por meio de seu Espírito, dentro de cada um deles,Yeshua identificou muitas vezes o seu corpo como santuário de D‟us(ver João 2:19-21), o rabbi Shaul haShaliach também usou a mesma comparação(ver I Coríntios 6:19), assim, observamos que, a comparação do nosso corpo como um Santuário para o Eterno é uma expressão do próprio Eterno.
Yisrael deveria fazer uma Arca de acácia com 2,5 côvados de comprimento por 1,5 côvados de altura e 1,5 côvados de largura, de dentro para fora totalmente revestidos em ouro, incluindo a tampa chamada de propiciatório, deveriam também fazer dois querubim de ouro de maneira a formar uma só peça com a Arca, na verdade a Arca era o símbolo do trono do Eterno sobre o qual Ele se apresentava ao povo. Uma Mesa especial deveria ser feita também em madeira e recoberta de ouro.
Um candelabro de sete hastes deveria ser construído, de um bloco de ouro puro e martelado, quando aceso, toda a sua luz deve iluminar em direção ao centro do Mishkan.
Todas as ferramentas para o candelabro deve ser feito de ouro puro, tudo deveria ser feito conforme as instruções do Eterno. O Mishkan teria uma cobertura especial de peles de animais raros, juntamente com a tapeçaria que forraria o piso interior do Santuário
As varas verticais para a arca deveria ser feita de acácia, 10 côvados de 1,5 côvados com dois pinos quadrados e duas bases de prata em cada um. Vinte vigas para o lado do sul. Vinte vigas para o lado do norte. Oito vigas para o lado ocidental. Também haveria travessas de madeira de acácia, 15 no total para os três lados. Faça todas estas peças separadamente e depois construir o Tabernáculo como eu lhe mostrarei.
E Adonai continuou dando suas instruções: “E o Tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e azul, púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada. O comprimento de uma cortina será de vinte e oito côvados, e a largura de uma cortina de quatro côvados; todas estas cortinas serão de uma medida. Cinco cortinas se enlaçarão uma à outra; e as outras cinco cortinas se enlaçarão uma com a outra” (Êxodo 26:1-3)
O cortinado do Mishkan servia tanto para a cobertura, como para a separação dos dois compartimentos sagrados, o Santo e o Santíssimo.
“Farás também as tábuas para o Tabernáculo de madeira de acácia, que serão postas verticalmente. O comprimento de uma tábua será de dez côvados, e a largura de cada tábua será de um côvado e meio. Dois encaixes terá cada tábua, travados um com o outro; assim farás com todas as tábuas do Tabernáculo. E farás as tábuas para o Tabernáculo assim: vinte tábuas para o lado meridional. Farás também quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas; duas bases debaixo de uma tábua para os seus dois encaixes e duas bases debaixo de outra tábua para os seus dois encaixes. Também haverá vinte tábuas ao outro lado do Tabernáculo, para o lado norte” (Êxodo 26:15-20). Tudo seria feito mediante revelação do Eterno a Moisés, conforme o modelo que Adonai mostrou a ele no monte. A Porção da Torah conclui com as instruções para o altar de cobre e o grande pátio externo.
Sentido espiritual da Parashá(comentários da Kabalah):
Em Terumah Adonai instrui Moisés sobre a construção do Mishkan/Tabernáculo, com as doações de todo o povo, o texto traz uma descrição desta construção de forma extremamente detalhada, feita com beleza, materiais nobres, como pedras preciosas, metais puros, tecidos especiais e madeira de acácia. Quando doamos algo para o Eterno temos que dar o melhor de nós mesmos, demonstrando toda a nossa gratidão pelo bem mais precioso que Ele nos dá a cada dia, a nossa própria Vida. Ouro, prata e cobre (entre outros itens citados no texto) são códigos para atributos de nossa própria personalidade que devem ser elevados e colocados a serviço de uma causa superior.
Na verdade, o Tabernáculo é um simbolismo para construção de um espaço interior que nos permite acessar uma dimensão mais elevada de consciência, para expressá-la no mundo. A Luz Divina está em todos os lugares em que a deixamos ela entrar, este “eu interior” pode ser comparado a uma obra-prima de artesanato que deve ser construída com habilidade, kavaná (intenção consciente) e desapego. Era nesse espaço interior que Adonai desejou morar junto aos israelitas, quando disse: “...e habitarei dentro deles”.
Devemos observar que o Santuário é descrito de dentro para fora, da mesma forma que as mudanças devem ocorrer em nossas vidas, é a minha postura interna que muda a realidade ao meu redor, e não o contrário, nunca devemos deixar que influências externas venham atrapalhar nosso relacionamento com o Eterno.
Cada informação "técnica" de Terumah está associada a aspectos pessoais que devem ser trabalhados, o Retorno, isto é, a Teshuvá, deve ser feita de livre e espontânea vontade e nunca forçada ou de modo apelativo. Pergunte a si mesmo o que você gostaria de refinar e polir, nos cantos de seu Tabernáculo interior que gostaria de iluminar.
Dentre as várias instruções recebidas por Moisés, podemos destacar a construção da Menorá, o candelabro que permanecia constantemente aceso no interior do Tabernáculo. A Menorá é uma representação da Árvore da Vida, símbolo da Luz Divina que está nos iluminando nos sete dias da semana que culmina com a nossa apresentação perante o Eterno no Shabat Kodesh. Representa a totalidade da realidade e constitui uma escada de ascensão e aproximação com o Infinito.
O conhecimento e a conexão com a Árvore da Vida nos possibilita o desenvolvimento de uma visão interior que modifica nossa percepção da realidade e ilumina nosso Tabernáculo interior para que se torne uma habitação do Eterno. Que Adonai Eterno abençoe a Leitura, o Estudo e a Prática de sua Palavra.
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