VAMOS COMEÇAR
Segundo a Torá, o mundo tem uns meros cinco mil e quinhentos
anos de idade, e foi criado em seis dias. Certamente a ciência moderna prova
que o mundo tem bilhões de anos e que o homem passou por um processo de
evolução, dessa maneira arquivando a história bíblica de Bereshit? Pode-se
seguir honestamente crenças religiosas antiquadas quando a ciência prova outra
coisa?
No século 20, porém, especialmente nas últimas décadas, a
ciência finalmente se despiu das suas embalagens medievais e todo o complexo da
ciência mudou. A presumida imutabilidade das chamadas leis científicas e o
conceito de absolutismo na ciência em geral foram revogados e agora
considera-se a opinião contrária, conhecida como "Princípio do
Indeterminismo". Nada mais é certo na ciência, mas somente relativo ou
provável, e os achados científicos são agora apresentados com considerável
reserva e validade temporária, passível de ser substituída a qualquer tempo por
uma teoria mais avançada.
A maioria dos cientistas aceitou este princípio de incerteza
– enunciado por Werner Heisenberg em 1927 – como sendo intrínseco a todo o
universo. A atitude dogmática, mecânica e determinista do século 20 acabou. O
cientista moderno não espera mais encontrar a verdade na ciência. A opinião atual e universalmente aceita é que a ciência deve
se reconciliar com a idéia de que, qualquer que seja o progresso que ela faz,
sempre estará lidando com probabilidades, não com certezas ou absolutos.
Vejamos dois exemplos da metamorfose da descoberta
científica. Há um versículo em Cohêlet 1:4, "A terra fica para
sempre",
que parece sugerir que a terra fica parada e o sol se move ao
redor dela. Esta apresentação era inteiramente aceitável no princípio da era
comum, especialmente quando, no segundo século, Ptolomeu aperfeiçoou a
construção de Aristóteles sobre como o sol e os planetas se moviam ao redor da
terra em órbitas circulares com rotação adicional ao redor de certos pontos
nestas órbitas.
Aquela opinião foi adotada por todos os cientistas e
especialmente entre o clero religioso, que considerava a terra como o centro do
universo. Cerca de 1.500 anos depois, Nicolau Copérnico fez uma revolução na
astronomia, dizendo que a terra girava ao redor do sol. De repente esta nova
descoberta científica jogou por terra toda a crença religiosa. Até hoje, na
maioria das escolas, as crianças aprendem que a terra gira ao redor do sol e
que este é um fato provado pela ciência. Sugerir de
outra forma seria considerado não-científico.
No entanto esta educação é preconceituosa, pois a teoria da
relatividade de Einstein eliminou a idéia do espaço absoluto e do movimento
absoluto. Segundo Einstein, a ciência em princípio não pode decidir se a terra
fica parada e o sol gira ao redor dela, ou vice versa. No livro A Filosofia do
Tempo, por Hans Reichenbach, um discípulo de Einstein, ele demonstra que todos
os seguintes conceitos são claramente possíveis sob um ponto de vista
científico:
1 – A terra fica parada e o sol gira ao seu redor.
2 – O sol fica parado e a terra gira ao redor dele.
3 – Ambos giram ao redor de um determinado ponto. Não há
maneira de provar qual das alternativas acima é correta ou preferível.
e agora QUEM E O DONO
DA VERDADE ???????
que parece sugerir que a terra fica parada e o sol se move ao redor dela. Esta apresentação era inteiramente aceitável no princípio da era comum, especialmente quando, no segundo século, Ptolomeu aperfeiçoou a construção de Aristóteles sobre como o sol e os planetas se moviam ao redor da terra em órbitas circulares com rotação adicional ao redor de certos pontos nestas órbitas.
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